
Em casa, com sommelier
A tentativa de diferenciação de projetos
imobiliários tem rendido novidades. Depois do prédio que terá galeria de arte
no plantão de vendas, um projeto combina torre e quatro casas no mesmo local,
que ainda terá parceria com a empresa de vinhos Grand Cru.
A mesma construtora tem duas obras na mesma rua, a
Felipe de Oliveira, bairro Petrópolis. A Plaenge se define como maior
construtora de capital fechado do Brasil no segmento de alto padrão. Em terreno
de 4,2 mil m2, que abrigava oito casas, vai erguer o Verdant, que combinará 54
apartamentos a quatro casas integradas com cerca de 300 m2 - das quais três
estão vendidas e a terceira, em negociação.
Os apartamentos vão de 143 m2 a 369 m2, no caso das
coberturas. Conforme Rodrigo Martins, superintendente da Plaenge em Porto
Alegre, são apartamentos de alto padrão e preço que, em sua visão, é acessível:
média de R$ 2 milhões. A Grand Cru fará o serviço de harmonização com o
cardápio, com desconto em compra dos vinhos.
Nascida em Londrina (PR) há 52 anos, a Plaenge foi
se expandindo: primeiro para Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS), depois Curitiba e
Maringá, também no Paraná. Mais recentemente, desembarcou em Joinville, Porto
Alegre e São Paulo. Segundo Martins, a intenção na capital gaúcha é ter
presença cada vez mais visível:
- Até pelo tamanho do grupo, naturalmente tem
operação relevante nas praças onde está.
A Plaenge tem cinco projetos em Porto Alegre e planeja
"entre dois e quatro" em 2024, dependendo do cenário. Um sinal do
apetite pelo mercado local é a enorme central de vendas da empresa (foto
acima), ao lado do Iguatemi Porto Alegre. O
contrato é por 15 anos e prorrogável, avisa Martins.
Fiergs aponta "escolha de Sofia"
Um dia depois de receber o governador Eduardo Leite, a Federação
das Indústrias do Estado (Fiergs) recebeu jornalistas para fazer balanço de
2023 e projeções para 2024. A coluna quis saber se já havia alguma avaliação
sobre qual seria o maior impacto no setor, o de eventual aumento da alíquota
modal de ICMS ou o corte de incentivos, que seria o plano B do Piratini e não
depende de aprovação na Assembleia, pode ser feito por decreto. O presidente da
entidade, Gilberto Porcello Petry, sintetizou assim:
- Estamos com uma certa escolha de Sofia (situação em que
qualquer opção é ruim).
Como as entidades empresariais estão fazendo forte pressão sobre
os deputados para rejeitar a proposta, aparentemente com sucesso, cresceu a
possibilidade do corte de subsídios.
Petry afirmou que a entidade vai estudar o impacto de cortes em
benefícios a setores da indústria, mas antecipou que a produção de alimentos,
de biodiesel e de máquinas agrícolas - que vêm demitindo - tem alguns dos
maiores volumes de incentivos.
- Não se pode tirar todos os benefícios senão as empresas que estão aqui perdem competitividade, e não vendem. Se a empresa perder essa capacidade, não sabemos o que vai fazer - afirmou.
MARTA SFREDO
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