sábado, 26 de julho de 2025

Cinco tipos de riqueza para a vida dos sonhos
Jaime Cimenti

Muitos acham que o dinheiro é o aspecto mais importante da vida e passam décadas buscando ganhar e acumular moeda ao máximo. Outros entendem que no banco há riqueza, mas não felicidade. Há quem priorize o amor, o desprendimento, a saúde física e mental, o tempo livre e as relações familiares e sociais.

Os 5 tipos de riqueza (Editora Intrínseca, 400 páginas, R$ 59,90), do consagrado Sahil Bloom, escritor, criador de conteúdo inspiracional, da newsletter The Curiosity Chronicle e da SRB Holdigns e sócio do fundo SRB Ventures, é um guia tranformador, profundo e consistente para a conquista da vida dos sonhos.

O autor ganhava milhões de dólares e levava uma vida "perfeita" na Califórnia. Sua busca incessante por mais e mais dinheiro o impedia de ver a beleza que tinha diante de si. Relacionamentos e saúde física e mental eram deixados de lado por ele em favor de conseguir sucesso a todo custo. O diálogo com um amigo sobre os pais de Bloom o acordou para grandes mudanças.

Nesta obra, dividida em cinco partes, o autor fala na busca de equilíbrio resultante da obtenção de riquezas de tempo, social, mental, física e financeira. Bloom acredita que a prosperidade não é um objetivo, e sim o caminho.

"Prosperar não é o estágio final - é uma jornada contínua. Sua vida não segue uma linha reta e constante no tempo. Ela oscila e tem fases naturais, cada uma definida por diferentes desejos, necessidades, prioridades e desafios", escreveu Sahil Bloom, que ensina a delegar tarefas neutras para ter mais tempo para lidar com a rotina, propõe estabelecer laços profundos e construir uma poderosa rede de contatos e incentiva a descobrir um propósito para estimular o crescimento contínuo. Ele igualmente incentiva a maximizar a saúde e a vitalidade, a alcançar independência financeira e definir o que é suficiente para os leitores para viver com a maior felicidade possível.

O livro de Bloom ajuda a interpretar nossa melhor trajetória, fazer as melhores escolhas, firmar bons propósitos e tomar decisões para ter uma vida com bem-estar e felicidade.

 Idoso ou velho?

Quando eu estava na flor dos meus 40 anos, comecei a ouvir Bach, ler mais filosofia, pensar em Deus,na morte e outras finitudes e refleti sobre o que realmente era importante fazer da vida. Na época, pai de duas meninas de 6 e um ano, pensei que deveria cuidar da saúde física e mental para ver a Laura e a Marina crescerem. Elas cresceram. Têm hoje 35 e 30 anos e, há seis meses, me tornei avô da Valentina. Ser nonno aos 71 é uma inspiração para levantar mais cedo da cama e cuidar da mente e da lataria para poder ver a netinha completar quinze anos ou mais.

A passagem do tempo tira da gente algumas energias físicas e psicológicas, mas nos oferece manhas mentais para compensar. Já é muita coisa. É aquela história, é melhor prevenir as doenças que remediar. É melhor ser idoso do que velho. Idoso é o que não atirou a toalha e segue ativo feito um japonês que não costuma se aposentar nunca.

Como esta é uma página sobre livros, falo de alguns clássicos sobre velhice.

Sobre a Velhice - De Senectude de Cícero é um belo livro sobre envelhecimento. É o primeiro tratado filosófico ocidental sobre o tema. "Velho não é quem viveu muitos anos, mas quem perdeu o entusiasmo". Ele defende não temer a velhice e vivê-la com sabedoria, tranquilidade e liberdade dos desejos.

A velhice de Simone de Beauvoir trata do isolamento, exclusão, infantilização e descarte dos velhos. Para ela, não se nasce velho, torna-se velho.

Velhice e Tempo do genial Norberto Bobbio diz que a velhice não é trágica, é diferente. Para ele envelhecer é reorganizar a relação com o passado e o futuro, e o tempo, vivido mais lentamente, tem mais recordações que expectativas. "O tempo do velho é um tempo de síntese, não de construção."

Uma história da velhice do Brasil da consagrada historiadora Mary Del Priore mostra os idosos no Brasil através dos séculos e como foram símbolo de respeito, mas também de abandono ou exclusão.

Estamos vivendo mais tempo. No Brasil mulheres vivem em média 79 anos e homens 73. Precisamos nos preparar e ao País para um envelhecimento o mais saudável possível. Como já disse, na medida do possível é melhor prevenir as doenças do que depois ter de remediá-las. Questões envolvendo obesidade, depressão, diabetes, hipertensão e cardiopatias devem ser tratadas pelos pacientes, médicos, profissionais da saúde e os governos municipais, estaduais e federal devem fazer a sua parte, pois são questões de saúde pública e todos ganharemos com os esforços que pudermos fazer.

Acho que o Estatuto do Idoso deve ser mais respeitado e que os aposentados, especialmente os do INSS, merecem mais consideração, por tudo o que fizeram. Sabe-se que o dinheiro da Previdência já foi desviado para muitas obras públicas e recentemente os idosos sofreram descontos indevidos. Os responsáveis não foram punidos, mas os aposentados receberão ao menos em parte o que lhes foi surrupiado ilegalmente.

lançamentos

O guri da feitoria (Critério, 364 páginas), do celebrado médico-cirurgião plástico Carlos Oscar Uebel, traz, com belas fotos, a trajetória desde os tempos de menino, no interior de São Leopoldo, até a presidência da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética. Filho, irmão, marido, pai e avô, Carlos viveu e vive muitas vidas, com amor, alegria, estudo, trabalho e esperança.

Viagem no país da crônica (Tinta-da-China, 304 páginas, R$ 99,90), do grande escritor, cronista e jornalista Humberto Werneck, a partir do Portal da Crônica Brasileira do Instituto Moreira Salles, fala de crônica e da geração de ouro do gênero, com nomes como Antônio Maria, Clarice Lispector, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Fernando Sabino, Rubem Braga e Rachel de Queiroz, entre outros.

InComum (Bá Editora, 224 páginas), de João Lopes de Almeida, empreendedor e agitador cultural , criador do Festival Sapere Aude, Facere Aude, apresenta uma coletânea de crônicas sensíveis, bem-humoradas e bem escritas sobre infância, trabalho, vida e muito mais. "Uma coisa eu tenho certeza sobre este livro. Assim como o autor, ele vai te ensinar, te provocar e te encher de energia e de ânimo", disse Niza Guanaes no prefácio.

a propósito...

Para viver mais e melhor, é preciso se relacionar bem consigo mesmo, com a família, os amigos, colegas e demais pessoas, dormir cedo e levantar cedo e ter bom sono, boa alimentação e praticar exercícios e meditação. É bom juntar as lições orientais com as ocidentais. Tive a felicidade de passar uma semana no Kurotel Centro Contemporâneo de Saúde e Bem-Estar em Gramado, onde fui muito bem acolhido, para cuidar da mente e do corpo. Foram dias com luz, água, sol, movimentos, ótima alimentação, descanso, equilíbrio. Descobri umas coisas que eu não sabia que sabia, que é para eu ir me reinventando por aí. 

Jaime Cimenti

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